Incontinência Urinária

A incontinência urinária (IU) é caracterizada como qualquer perda involuntária de urina. É um problema de saúde muito comum que atinge cerca de 10 milhões de brasileiros segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, sendo mais frequente em mulheres e pessoas idosas. Representa um grande impacto negativo na qualidade de vida, acarretando um prejuízo social muito significativo.

Classificamos a IU, basicamente, em incontinência urinária de esforço (IUE), incontinência urinária de urgência (IUU) e incontinência urinária mista (IUM). A IU de esforço caracteriza-se pela perda de urina ao tossir, espirrar e praticar atividades físicas.

A IU de urgência se caracteriza por um desejo súbito e irreprimível de urinar, conduzindo a situações em que não se consegue chegar a tempo no banheiro. Quando a paciente apresenta tanto sintomas de urgência como de esforço, dizemos que ela possui IU mista.

Os principais fatores de risco para desenvolvimento da IU são: gestação, obesidade, idade avançada, tabagismo, uso de medicamentos diuréticos, álcool e ingestão excessiva de xantinas (substância presente no café, chás e outros).

O diagnóstico pode ser feito através da observação da perda de urina durante o exame físico ou através de exames complementares, sendo o principal deles o estudo urodinâmico.

O tratamento da IU varia conforme o tipo de incontinência apresentada, se de esforço, urgência ou mista. Entre as opções terapêuticas contamos com modificações no estilo de vida, fisioterapia dos músculos do assoalho pélvico, tratamento medicamentoso e cirúrgico.

O tratamento fisioterápico costuma ser a primeira linha de tratamento oferecida, principalmente, para pacientes com sintomas mais leves e mulheres mais jovens. O tratamento medicamentoso é a melhor opção para as pacientes que apresentam sintomas de urgência e de IU mista.

A cirurgia está indicada para pacientes com IU de esforço ou mista que não apresentaram melhora com o tratamento clínico. É considerado um procedimento de baixa complexidade e muitas vezes a paciente pode ter alta hospitalar em até 24h após a sua realização.